O Brasil é um país construído a partir de trezentos anos de escravidão e violência contra povos racializados. Ainda assim, por muito tempo as relações e culturas dos povos negros e indígenas foram excluídas das narrativas históricas que foram contadas. Por isso, pensar maneiras concretas de promover uma mentalidade de equidade racial é parte central na luta contra a discriminação e a desigualdade. Nesse contexto, a escola tem o importante papel de desenvolver e disseminar uma educação antirracista que contribua para que justiça e história caminhem juntas. Em 2003, a lei 10.639 tornou obrigatório o ensino da história e cultura afro-brasileira nas salas de aula. Hoje, esse é um dos mecanismos sociais mais significativos para reparar esse cenário e mudar a forma de educar.
Na Universidade Federal Fluminense, a educação racial é tema de discussão desde 1995. Em seus 26 anos de atuação, o Programa de Educação sobre Negros e Indígenas na Sociedade Brasileira (PENESBI-UFF), vinculado à Faculdade de Educação da UFF, realiza pesquisas, atividades de ensino e extensão sobre a população racializada na educação. A coordenadora do PENESBI, professora Márcia Maria de Jesus Pessanha, ressalta que esse trabalho ultrapassa os muros da UFF e também dissemina os conhecimentos sobre o tema para a população em geral, e dialoga com os profissionais da educação em sua formação inicial e continuada.
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