Crédito da fotografia: Reprodução: Jornal no Museu do Futebol em São Paulo |
Pesquisa da UFF fala sobre o cerceamento do corpo feminino pelo Estado brasileiro e busca trazer mais visibilidade à modalidade
Em abril de 1941, durante o governo de Getúlio Vargas, houve a publicação do Decreto-Lei 3.199, onde foi criado o Conselho Nacional de Desportos (CND), que determinava a proibição da prática de determinados esportes por mulheres, entre eles, o futebol. O decreto proibitivo se estendeu até 1979, quando teve sua revogação, mas somente em 1983 o futebol feminino foi regulamentado pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Em decorrência desses quase 40 anos de impedimento, nos dias de hoje, apesar das mulheres poderem praticar livremente tal esporte, ainda existe uma desigualdade muito grande entre o futebol de homens e o de mulheres. Por isso, buscando entender o fundamento e os motivos da existência desse banimento, a doutoranda da Universidade Federal Fluminense (UFF), Nathália Fernandes Pessanha, orientada pela professora Lívia Gonçalves Magalhães, desenvolveu a sua tese de doutorado sobre mulheres no futebol.
Considerada pioneira na pesquisa do tema no âmbito histórico, Nathália busca tratar de assuntos relacionados a futebol, política e o panorama atual da sociedade. E foi durante a sua pesquisa de mestrado, sobre a presença feminina nas torcidas organizadas do Rio de Janeiro, onde percebeu que a maior parte do preconceito sofrido pelas mulheres nas arquibancadas é em função do imaginário social de que “a mulher não sabe jogar futebol” ou “a mulher não entende de futebol”.
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