Cresce a expectativa para o início do Projeto Peixe Vivo da UFF, no
Museu do Ingá, em Niterói, nesta segunda-feira, 5 de novembro. O projeto
é uma mostra de artes que reúne criações de técnico-administrativos,
alunos e professores da UFF. Os mais ansiosos são os próprios artistas,
em especial, os que verão pela primeira vez as suas obras no palco.
"Nunca tive um texto dramatizado", disse César Mamedio, 39 anos,
formando do curso de Português-Italiano do Instituto de Letras. "Ainda
não tinha participado de uma mostra como essa, o que me motiva a
continuar a escrever", afirmou o escritor, que teve o conto "Crônica 1" e
o poema "Rosa Morena" selecionados.
Segundo Raphael Giammatey, 22 anos, o evento também representa uma oportunidade para conhecer colegas de outros cursos. "Como os 'campi' da universidade são descentralizados, muitas vezes não temos esse contato mais próximo", observou o estudante de Turismo, que teve dois de seus três poemas escolhidos. "Eu mesmo vou interpretá-los, mas entrei em contato com a Oficina Social de Teatro (grupo que cuidará das dramatizações) para articularmos conjuntamente essa apresentação."
Pelo Museu do Ingá, local do evento, passarão filmes, shows de música e espetáculos, como o "Mamiwata", que une dança e teatro. " Mamiwata é uma deusa africana que chega ao Brasil como Iemanjá”, disse a professora de Produção Cultural do Polo Universitário de Rio das Ostras Denize Zenicola, explicando que esse mito feminino, metade peixe e metade mulher, é trazido para a cena contemporânea por atores e bailarinos do seu grupo de pesquisa. "É o momento para os talentos, que estão deslocados pela UFF, se reunirem. Esse projeto precisa ter continuidade, se expandir e se aprofundar dentro da universidade", defendeu Zenícola, coreógrafa e diretora do espetáculo.
O Museu do Ingá fica na Rua Presidente Pedreira, 78, Ingá, Niterói. A programação completa do Projeto Peixe Vivo pode ser conferida em www.centrodeartes.uff.br/peixevivo.
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