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UFF completa 52 anos de tradição no ensino e na pesquisa, priorizando o aumento do acesso ao ensino superior

A Universidade Federal Fluminense foi criada em 18 de dezembro de 1960 pela lei federal nº 3.848, inicialmente denominada Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Uferj). Foi incorporada à sua estrutura as já existentes faculdades federais de Medicina, Odontologia, Medicina Veterinária, Direito e Farmácia. Também foram agregadas as faculdades estaduais de Serviço Social e Enfermagem, além das particulares com cursos de Filosofia e Ciências Econômicas.

O primeiro estatuto da universidade foi elaborado e aprovado em agosto de 1963, na gestão do reitor Paulo Gomes da Silva. Até então, a Uferj era regida pelo regulamento da, na época, Universidade do Brasil, atualmente denominada Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Em novembro de 1965, a Uferj passou a ser chamada pela denominação atual, UFF.

Em sua origem, a UFF foi concebida com o modelo tradicional de ensino superior próprio da conjuntura daquele período, baseado na cátedra, vitalícia e autoritária, na segmentação e justaposição de cursos e em um processo rígido de seleção de alunos para poucas vagas. Considerado um modelo ultrapassado, a sociedade cobrava mudanças que acompanhassem o projeto de desenvolvimento do país e as pretensões sociais e humanistas do momento. Com o golpe militar de 1964, as universidades passaram a ser focos de resistência ao regime, e a discussão sobre a reforma universitária ficou focada em questões mais técnicas e administrativas do ensino.

Em 1966, teve início a implantação da reforma universitária que priorizou a massificação do ensino superior e a transformação da universidade em um centro de investigação científica e tecnológica, com o objetivo de auxiliar na expansão industrial brasileira. Algumas das mudanças mais importantes foram a criação de departamentos, em substituição às tradicionais cátedras; a integração de áreas que desenvolviam ensino e pesquisa em comum e a determinação de matrículas por disciplina. Em 1969, foram instituídos os regimes de tempo integral e dedicação exclusiva nas universidades federais e o incentivo à pós-graduação.

Tendo de adequar-se aos novos parâmetros para o ensino superior estabelecidos pela reforma, a UFF adotou como órgãos da administração superior o Conselho Universitário, o Conselho de Ensino e Pesquisa e um Conselho de Curadores para fiscalização. Foram também criados órgãos executivos e órgãos suplementares diretamente subordinados ao reitor.

A UFF em Números

A Uferj recém-criada contava com apenas 60 docentes e três mil alunos. Em 2012, a UFF recebeu cerca de 10 mil novos alunos para um total de 104 cursos de graduação. Também neste ano foram contratados 98 novos professores e 345 servidores técnico-administrativos, totalizando um quadro de 2.960 professores e 4.705 técnico-administrativos para atender a 33.771 alunos matriculados na graduação.

O crescimento de estudantes matriculados por semestre foi de 61% se considerarmos o período entre o início de 2009 e o fim de 2011. A fim de atender às demandas dos estudantes, houve um aumento de 300% no número de concessão de bolsas sociais entre 2007 e 2011 (auxílio-moradia, apoio-transporte, alimentação, auxílio-creche, por exemplo), que passaram de 609 para 3.062 nesse período. Também foram concedidas 4.014 bolsas acadêmicas aos estudantes (monitoria, estágio, extensão, iniciação científica, dentre outras).

O pró-reitor de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação, Antonio Cláudio Lucas da Nóbrega, informou que atualmente 96% dos professores da UFF possuem mestrado ou doutorado. O número de docentes com curso de doutorado saltou de 62% em 2006 para 78% em 2012. Além disso, entre 2004 e 2012, saltou de 191 para 270 o número de professores reconhecidos como pesquisadores do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) responsável por promover a pesquisa científica e tecnológica e incentivar a formação de pesquisadores brasileiros.

Conectada às tendências e aos desafios do país, a UFF criou em 2009 sua Agência de Inovação, com a missão de transformar as pesquisas em soluções concretas para os problemas da sociedade, fazendo com que o número de patentes depositadas por cientistas da universidade saltasse de 15 até 2010 para 21 em 2011.

A instituição conta hoje com um Núcleo Experimental e uma Fazenda Escola em Iguaba, na Região dos Lagos, 32 unidades de ensino superior em 6 polos no interior, 26 polos de educação a distância e uma unidade avançada em Oriximiná, no Pará. Completando a estrutura da universidade como um todo há uma biblioteca central, 23 bibliotecas setoriais, 349 laboratórios, nove anfiteatros, um hospital universitário, uma farmácia, um centro de artes e um colégio de aplicação.

As obras de expansão da estrutura física da universidade

Alavancada pelos recursos advindos do Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), a UFF encontra-se em processo de expansão. Diante do desafio de crescer sem perder a qualidade, já foram entregues as obras de reforma nas faculdades de Economia, Farmácia, Veterinária, Odontologia e Direito, nos institutos de Matemática, Biomédico e de Arte e Comunicação Social (prédio antigo). Também merecem destaque as obras no prédio do Departamento de Morfologia (antigo Anatômico) e na Faculdade de Medicina, assim como a reforma e modernização de nove elevadores do Huap que se encontram no serviço de Emergência, nos prédios anexo e principal. Também um novo elevador foi instalado para dar acesso ao subsolo.

Dois novos prédios do tipo Ufasa (Unidades Funcionais de Sala de Aula) foram inaugurados em 9 de março de 2012. Uma das edificações é o Bloco A do Campus do Gragoatá e a outra é o Bloco H, no Campus da Praia Vermelha. O pró-reitor de Graduação, Renato Crespo, explicou que cada bloco conta com 26 salas, quatro delas de multimídia. Todas as salas possuem ar-condicionado e data-show. Os novos prédios estão adaptados à acessibilidade, com piso tátil para deficientes visuais, banheiros adaptados para cadeirantes e elevadores com aviso sonoro e tecla em Braile, devendo atender a todos os cursos dos "campi" em que estão abrigados.

Com relação às unidades do interior, foram concluídas obras de reforma de salas de aula em Campos dos Goytacazes e Volta Redonda, além da biblioteca e do prédio principal de Santo Antônio de Pádua e a moradia estudantil de Rio das Ostras, com capacidade para atender 48 alunos.

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