A Fundação Casa de Rui Barbosa (FCRB) convida para a exposição
"Folhetos de cordel portugueses: coleção Arnaldo Saraiva". A abertura
será 11 de dezembro de 2014, quinta-feira. Às 17 horas haverá uma
mesa-redonda, na sala de cursos da FCRB, sobre o tema com a participação
do colecionador Arnaldo Saraiva, do curador Alexei Bueno e do
embaixador Alberto da Costa e Silva. Em seguida, às 18 horas, a abertura
da exposição no Museu.
Quase todos os brasileiros medianamente cultos sabem, ainda que por vagamente ouvir falar, que a nossa literatura de cordel tem origem lusitana. Pouquíssimos entre eles viram, no entanto, ainda que apenas em fotografias, um folheto português. Diretamente originada na literatura popular ibérica e mais especificamente lusitana, o cordel brasileiro, além do seu inapreciável valor intrínseco, sempre serviu de grande inspiração a manifestações eruditas da cultura brasileira, na literatura, no cinema, nas artes plásticas.
A exposição tem como objetivo apresentar a continuidade secular que liga o folheto de cordel português ao nordestino, que nele se origina, gráfica e ideologicamente, demonstrando inclusive a manutenção, por períodos de tempo muito vastos, de ciclos temáticos, bem como o compartilhamento, no aspecto plástico dos folhetos, da arte da xilogravura e das artes tipográficas entre Portugal e Brasil – bem como da litografia, da fotogravura, chegando mesmo, nos dois lados do Atlântico, a uma idêntica reprodução de stills de filme norte-americanos, o que será demonstrado através da exibição de cerca uma centena e meia de folhetos, cobrindo mais de três séculos e meio da literatura de cordel em Portugal.
O material exposto pertence ao professor Arnaldo Saraiva, Catedrático de Literatura da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, crítico, poeta, tradutor, sócio-correspondente da Academia Brasileira de Letras e um dos maiores conhecedores e divulgadores da nossa cultura e da nossa literatura em Portugal e outros países. Saraiva reuniu a mais vasta coleção particular que se conhece de folhetos de cordel portugueses, com exemplares impressos desde primórdios do século XVII até a extinção dessa forma de expressão em Portugal, na segunda metade do século XX, muitos deles exemplares únicos. Sua coleção de folhetos brasileiros, da maior importância, reúne igualmente milhares de exemplares. Pliegos sueltos para os espanhóis, littératture de colportage para os franceses, folhetos de cordel para nós, o que não se pode ignorar é o incomensurável valor estético, histórico, antropológico, dessa mais direta e espontânea forma de comunicação literária entre os homens.
Nenhum espaço melhor, para receber tal exposição, do que a Casa de Rui Barbosa, centro dos estudos de literatura popular oral e impressa – com grande destaque para os folhetos de cordel. A mostra já foi exibida, com grande sucesso, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto (2006), no Museu de Arte Popular do Recife (2011) e na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa (2013), mas nunca na cidade do Rio de Janeiro, sede, aliás, de importante atividade cordelística, essa que se espalhou por grande parte do território nacional, nos passos da diáspora nordestina.
Quase todos os brasileiros medianamente cultos sabem, ainda que por vagamente ouvir falar, que a nossa literatura de cordel tem origem lusitana. Pouquíssimos entre eles viram, no entanto, ainda que apenas em fotografias, um folheto português. Diretamente originada na literatura popular ibérica e mais especificamente lusitana, o cordel brasileiro, além do seu inapreciável valor intrínseco, sempre serviu de grande inspiração a manifestações eruditas da cultura brasileira, na literatura, no cinema, nas artes plásticas.
A exposição tem como objetivo apresentar a continuidade secular que liga o folheto de cordel português ao nordestino, que nele se origina, gráfica e ideologicamente, demonstrando inclusive a manutenção, por períodos de tempo muito vastos, de ciclos temáticos, bem como o compartilhamento, no aspecto plástico dos folhetos, da arte da xilogravura e das artes tipográficas entre Portugal e Brasil – bem como da litografia, da fotogravura, chegando mesmo, nos dois lados do Atlântico, a uma idêntica reprodução de stills de filme norte-americanos, o que será demonstrado através da exibição de cerca uma centena e meia de folhetos, cobrindo mais de três séculos e meio da literatura de cordel em Portugal.
O material exposto pertence ao professor Arnaldo Saraiva, Catedrático de Literatura da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, crítico, poeta, tradutor, sócio-correspondente da Academia Brasileira de Letras e um dos maiores conhecedores e divulgadores da nossa cultura e da nossa literatura em Portugal e outros países. Saraiva reuniu a mais vasta coleção particular que se conhece de folhetos de cordel portugueses, com exemplares impressos desde primórdios do século XVII até a extinção dessa forma de expressão em Portugal, na segunda metade do século XX, muitos deles exemplares únicos. Sua coleção de folhetos brasileiros, da maior importância, reúne igualmente milhares de exemplares. Pliegos sueltos para os espanhóis, littératture de colportage para os franceses, folhetos de cordel para nós, o que não se pode ignorar é o incomensurável valor estético, histórico, antropológico, dessa mais direta e espontânea forma de comunicação literária entre os homens.
Nenhum espaço melhor, para receber tal exposição, do que a Casa de Rui Barbosa, centro dos estudos de literatura popular oral e impressa – com grande destaque para os folhetos de cordel. A mostra já foi exibida, com grande sucesso, na Biblioteca Municipal Almeida Garrett, no Porto (2006), no Museu de Arte Popular do Recife (2011) e na Biblioteca Nacional de Portugal, em Lisboa (2013), mas nunca na cidade do Rio de Janeiro, sede, aliás, de importante atividade cordelística, essa que se espalhou por grande parte do território nacional, nos passos da diáspora nordestina.
:: De 11 de dezembro de 2014 a 1º de fevereiro de 2015
Museu Casa de Rui Barbosa
Horário de funcionamento:
Visitação de terça a sexta-feira,10h às 18h.
Sábados, domingos e feriados, 14h às 18h.
Toda última terça-feira do mês, o Museu fica aberto para visitação das 10h às 20h
(última entrada: 45 minutos antes do fechamento)
Informações | 21 3289 8686
Curadoria: Alexei Bueno
Patrocínio: Fundo Nacional de Cultura/Ministério da Cultura
Patrocínio: Fundo Nacional de Cultura/Ministério da Cultura
Fonte: Fundação Casa de Rui Barbosa
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