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Atividade da Casq discute adoção com comunidade da UFF

Luiza Gould

Os preconceitos e mitos em torno da adoção, a revelação do segredo de que o filho ou filha é adotado e os principais medos dos pais adotivos estão entre os temas que serão abordados no “Conversando sobre”, atividade promovida pela seção psicossocial da Coordenação de Atenção Integral à Saúde e Qualidade de Vida (Casq) ligada à Pró-reitoria de Gestão de Pessoas (Progepe). O evento ocorrerá no dia 4 de setembro, às 12h30 na parte dos fundos do prédio anexo da reitoria, Rua Miguel de Frias, 9, Niterói.

Com um horário fixo no atendimento de pais, todas às quartas-feiras, de 12h30 às 14h, duas psicólogas do Casq se revezam e tiram dúvidas a respeito de diversos assuntos em torno da relação entre pais e filhos. Na primeira quarta-feira de cada mês, é realizado o “Conversando sobre” em que é debatido algum dos temas trazidos pelos pais nos encontros semanais. Este mês o tema adoção será trabalhado levando-se em consideração diversos aspectos e a iniciativa tem como principal objetivo acabar com o preconceito ainda observado em relação ao assunto. É o que aponta Lúcia de Fátima Veloso, psicóloga que realizará o encontro: “As novas configurações familiares estão sendo aceitas socialmente. Mas ainda há preconceitos com relação à família adotiva. E isso ocorre muito em função do fato de a criança adotada ser fruto de um abandono anterior, o que é considerado uma marca irreversível.” Segundo Lúcia, a marca deixada pelo abandono e pela instituição que cuidou da criança é um mito, mas acaba por ser um dos motivos da preferência pela adoção de crianças recém-nascidas.

Dados divulgados pela ONG Associazione Amici dei Bambini (Ai.Bi) revelam que 67% dos pais querem que o filho adotivo seja um bebê com cerca de 6 meses de idade. Essa dificuldade da adoção tardia segundo Lúcia pode ter como um dos fatores o que ela classifica como o preconceito social. “Muitas famílias preferem adotar crianças mais novas que se assemelhem a filhos biológicos para que não haja o peso do preconceito social. Então, geralmente são bebês, crianças brancas e meninas, já que há o mito que elas são mais dóceis na educação. Uma forma de mudarmos esse quadro é começarmos a quebrar esses mitos”, assegura.

Sem revelar a verdade para os filhos adotivos, os pais que mantém o segredo da adoção dificultam a troca e o diálogo necessários na relação entre ambos, o que para a psicóloga acarreta inclusive a perda de confiança. Para a solução desse problema e do medo dos pais adotivos de os filhos procurarem os pais biológicos, Lúcia aposta na conversa e conclui sua fala lembrando a importância do debate em relação à adoção: “As famílias adotivas são famílias em que pai e mãe correram muito atrás para ficar com a criança. São fruto de um desejo muito grande de ter um filho. Elas têm todas as alegrias, mas também todas as dificuldades de relacionamento interpessoal e humano, o que é observado em qualquer família. Então é preciso falar muito sobre adoção para desmistificar as falsas impressões que existem.”

Para maiores informações sobre o evento, voltado para a comunidade acadêmica, os interessados podem entrar em contato com a seção psicossocial da Casq, no telefone 2629-5308.

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